quinta-feira, 28 de junho de 2012

Entendendo a gordura trans

Hoje em dia muito se fala sobre o elevado consumo de gordura trans e seus malefícios. Mas...

O que são as gorduras trans?

São um tipo de gordura obtido principalmente do processo de industrialização de alimentos, a partir da hidrogenação de óleos vegetais (que transforma óleos vegetais líquidos em gordura sólida à temperatura ambiente). São constituídas por ácidos graxos trans.
Podem ser formadas quando o óleo utilizado em frituras atinge temperaturas muito altas e é reutilizado por um longo período.
         Também estão presentes naturalmente em produtos de animais ruminantes como a carne e o leite, em pequenas quantidades.

Para que servem?

As gorduras trans formadas durante o processo de hidrogenação industrial servem para melhorar a consistência dos alimentos e também aumentar a vida de prateleira de alguns produtos.

Por que elas fazem mal à saúde?

O consumo excessivo de gordura trans causa o aumento dos níveis sanguíneos de colesterol total e de LDL-colesterol ("colesterol ruim") e diminuição de HDL-colesterol ("colesterol bom"), aumentando assim o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Considerando o consumo na gestação verificou-se o aumento do risco de pré-eclâmpsia. 
   Pode ainda influenciar negativamente no desenvolvimento fetal e infantil (a gordura trans pode ser transferida da mãe para o feto pela placenta e depois pelo leite materno).





Qual a quantidade de gordura trans posso ingerir?

A recomendação é que se consuma o mínimo possível, não ultrapassando 2 gramas por dia.

Quais alimentos são ricos em gordura trans?

Principalmente os alimentos industrializados, como sorvetes, batatas-fritas, salgadinhos de pacote, pastelarias, bolos, biscoitos, entre outros; bem como as gorduras hidrogenadas e margarinas, e as preparações que utilizem estes ingredientes.



Como saber a quantidade de gordura trans de um produto?

            Através da leitura do rótulo, verificando se há ingredientes ricos em gorduras trans.
A legislação brasileira permite que quantidades iguais ou inferiores a 0,2g de gordura trans na porção possam ser declaradas como "Não contém gordura trans" ou "0g" no rótulo. Muitas vezes, o consumo desses alimentos é superior a uma só porção ou são consumidos diferentes alimentos com quantidade igual ou inferior a 0,2g de gordura trans na porção várias vezes durante o dia.

Por isso, fique atento!

   Evite alimentos cujos rótulos mencionam "gordura hidrogenada", "gordura vegetal hidrogenada”, “gordura parcialmente hidrogenada”, “óleo vegetal hidrogenado”, “óleo vegetal parcialmente hidrogenado" na sua lista de ingredientes.

   Substitua a gordura hidrogenada por óleos vegetais, como o de soja, o de milho, o de canola e o de girassol.
    
      Ao utilizar o óleo de soja (por exemplo) para fritar um alimento, evite o uso acima de 50 horas e com temperaturas superiores a 180°C. E lembre-se, a ingestão de óleos e gorduras deve ser moderada!

Fontes:

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Você conhece a gordura trans? Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/alimentos/gordura_trans.pdf>. Acesso em 28 jun. 2012.

BALBINOT, E.L.; ARENHART, C.P.B.; PROCHNOW, L.R.; BLASI, T.C. A interesterificação como alternativa às implicações nutricionais negativas das gorduras trans. Disciplinarum Scientia. Série: Ciências da Saúde, Santa Maria, v. 10, n. 1, p. 31-44, 2009.

Guia alimentar para a população brasileira: promovendo a alimentação saudável/ Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

SANIBAL, E.A.A.; MANCINI FILHO, J. Perfil de ácidos graxos trans de óleo e gordura hidrogenada de soja no processo de fritura. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, v. 24, n. 1, mar. 2004 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-20612004000100006&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 28 jun. 2012.

TINOCO, S.M.B.; SICHIERI, R.; MOURA, A.S.; SANTOS, F.S.; DO CARMO, M.G.T. Importância dos ácidos graxos essenciais e os efeitos dos ácidos graxos trans do leite materno para o desenvolvimento fetal e neonatal. Cad. Saúde Pública,  Rio de Janeiro,  v. 23,  n. 3, mar.  2007 .   Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2007000300011&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em  28  jun.  2012.  

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Vamo pro arraiá gente!



A origem da festa junina possui duas versões: a primeira diz ser devido às festividades ocorrerem no mês de junho e a outra versão explica que esta festa tem origem em países católicos europeus, sendo em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.

Segundo historiadores, a festa foi trazida para o Brasil pelos portugueses, durante o período colonial. Recebeu grandes influências da cultura portuguesa e espanhola (dança de fitas), francesa (passos e marcações inspirados na dança da nobreza européia foram acrescentados às quadrilhas) e chinesa (fogos de artifício).

A influência brasileira na tradição da festa pode ser percebida na alimentação, quando foram introduzidos o aipim (mandioca), o milho, o jenipapo, o leite de coco e também nos costumes, como o forró, o boi-bumbá, a quadrilha e o tambor-de-crioula.   

No Brasil ainda são homenageados três santos católicos: Santo Antônio (13), São João (24) e São Pedro (29).

Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte das preparações típicas é feita deste alimento, como: pamonha, curau, milho cozido, canjica, cuscuz, pipoca e bolo de milho.

       Além das receitas com milho, também fazem parte: arroz doce, bolo de amendoim, pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.

Confira abaixo algumas receitas:


Bolo de Milho Verde

Ingredientes:

- 2 e ½ xícaras (chá) de milho verde cru
- 2 e ½ xícaras (chá) de leite desnatado
- 2 colheres (sopa) de óleo de soja
- 3 ovos
- ½ xícara de açúcar
- 1 colher (sopa) de fermento em pó

Modo de preparo:

1. Bata todos os ingredientes em um liquidificador.
2. Unte uma forma com óleo de soja e leve o bolo para assar em forno quente.




Broinhas de Fubá Mimoso

Ingredientes:

- 2 xícaras (chá) de leite desnatado
- 2 colheres (sopa) de óleo de soja
 ½ colher (café) de sal
- 3 ovos
- Fubá mimoso o quanto baste

Modo de preparo:

1. Esquente, no fogo, o leite com o óleo e o sal.
2. Quando começar a ferver, adicione o fubá, mexendo sempre, até ficar um angu em ponto duro.
3. Deixe esfriar e sove a massa com os ovos.
4. Para fazer cada broinha, ponha um pouco de massa numa xícara forrada com fubá, sacudindo-a.
5. Asse em assadeira untada e forrada com fubá, em forno regular.

Nota: Podem ser adicionadas sementes de erva-doce a esta receita.



Curau de Cenoura e Milho (diet) 
Rendimento: 8 porções

        Ingredientes:
   
        - 1 cenoura média cozida
        - 1 lata de milho verde em conserva escorrido
        - 3 xícaras (chá) de leite desnatado
        - ½ xícara (chá) de adoçante dietético em pó, próprio para forno e fogão
        - 1 embalagem de gelatina em pó incolor sem sabor
        - 4 colheres (sopa) de água
        - 1 colher (chá) de canela em pó

          Modo de preparo:



        1. Bata a cenoura, o milho, o leite e o adoçante no liquidificador e passe a mistura por uma peneira.
        2. Leve ao fogo e, quando ferver, mexa por 5 minutos. Hidrate a gelatina na água fria e adicione à mistura.
        3. Mexa, retire do fogo e coloque o curau em um refratário. Salpique a canela e espere esfriar. Deixe na geladeira para firmar. Corte e sirva.


Informações Nutricionais
1 porção = 1 pedaço = 50 g
Calorias: 58kcal
Proteínas: 3,2 g
Gorduras totais: 0,4 g
Carboidratos: 10,2 g
Fibras: 1,3 g
Sódio: 97 mg
Gorduras saturadas: 0,1 g
Colesterol: 1 mg

Equivalência da porção: 1 fatia de pão de forma ou 1 minipão francês (25 g)



Quentão sem álcool

Ingredientes:

- 500 ml de suco de uva
- 500 ml de água
- 1 colher de sobremesa de gengibre ralado
- 1 canela em pau pequena
- 3 cravos

Modo de preparo

1. Coloque em uma panela todos os ingredientes. 
2. Leve ao fogo mexendo sempre e deixe ferver.



Fontes:

A origem da Festa Junina no Brasil e suas influências. Publicado em 15/05/2010. Disponível em: <http://www.brasilcultura.com.br/cultura/a-origem-da-festa-junina-no-brasil-e-suas-influencias/>. Acessado em: 19 jun 2012
Adaptado de “Bolo de Milho Verde”, Livro Dona Benta: Comer Bem; -76. ed. rev. e ampl. – São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2004. p.814 
Adaptado de “Broinhas de Fubá Mimoso”, Livro Dona Benta: Comer Bem; -76. ed. rev. e ampl. – São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2004. p.840
Sociedade Brasileira de Diabetes. A Tradição das Festas Juninas. Por Dra. Maria Goretti Burgos (Nutricionista Membro do departamento de Nutrição da SBD 2010/2011). Disponível em: http://nutricao.diabetes.org.br/alimentacao-saudavel/1555-a-tradicao-das-festas-juninas. Acessado em: 5 jun 2012
Sociedade Brasileira de Diabetes. Curau de Cenoura e Milho. Disponível em: <http://nutricao.diabetes.org.br/receitas/1548-curau-de-cenoura-e-milho>. Acessado em: 5 de junho de 2012.



terça-feira, 5 de junho de 2012

Junho: frutas e hortaliças


    Olá! 
   Chegamos ao mês de junho! Aproveite para consumir as frutas e hortaliças da época que, além de estarem com preço mais baixo, apresentam melhor valor nutricional quando comparadas com períodos fora de safra. São estas: 


    Abóbora, acelga, agrião, alho, almeirão, batata-doce, batata-salsa (mandioquinha), brócolis, cará, cebola importada, cenoura, chuchu, couve-manteiga, couve-flor, couve rabana, espinafre, gengibre, inhame/taiá, jiló, mandioca (aipim), maxixe, mostarda, moyashi, nabo, pimenta, pinha, pinhão, repolho, rúcula, salsa e tomate.  



    Abacate, banana-caturra, banana-maçã, banana-prata, caqui, coco, figo, jaca, kiwi importada, laranja pêra, limão, mamão, maracujá azedo, morango, pêra importada, tangerina cravo, tangerina murcote, tangerina poncã e uva importada.


Fonte:
Centrais de Abastecimento de Campinas S.A. (CEASA Campinas-SP). Alimentos de época. Disponível em: <http://www.ceasacampinas.com.br/novo/Serv_Alimentos_Epoca.asp>. Acessado em: 5 jun 2012.
Serviço Social da Indústria - SESI. Alimente-se bem com R$1,00. 6ª edição, julho/2003.